Véspera de natal.
Não posso deixar de me lembrar de meus tempos de criança, morávamos nos fundos onde haviam várias moradias, numa hora como esta minha mãe zelosa preparava uma porção de coisas gostosas, muitas delas feitas no fogão a lenha.
Interessante, hoje estive com minha mãe e perguntei a ela o nome de um lenhador que cortava lenha próximo de nossa casa, ela me disse :
- Teodoro.
Conseguiu lembrar !
Sim, este era o nome daquele lenhador, um preto barbudo que num desses natais distantes lá na rua talco cortava as toras de madeira em pedaços iguais para colocá-las nos fogões a lenha.
Minha mãe hoje esta com Alzheimer já em estado avançado e praticamente não se lembra de quase nada apenas alguns lampejos rápidos de fatos do passado distante.
Fico pensando..., damos muito pouco valor aos conhecimentos adquiridos na infância, fatos que só os idosos podem nos passar.
No meu caso me sinto meio perdido pois a única pessoa que poderia me passar tantos acontecimentos de minha infância hoje se encontra quase que completamente impossibilitada.
É como se fosse dono de um cofre forte e num belo dia perdesse a única chave que poderia abrir esse cofre e me trazer lembranças únicas.
O grande desafio é conviver com a ausência.
Na maioria das vezes nós Seres Humanos somos assim, só quando estamos na iminência de perdermos algo muito importante que avaliamos o real valor da existência.
João
Não posso deixar de me lembrar de meus tempos de criança, morávamos nos fundos onde haviam várias moradias, numa hora como esta minha mãe zelosa preparava uma porção de coisas gostosas, muitas delas feitas no fogão a lenha.
Interessante, hoje estive com minha mãe e perguntei a ela o nome de um lenhador que cortava lenha próximo de nossa casa, ela me disse :
- Teodoro.
Conseguiu lembrar !
Sim, este era o nome daquele lenhador, um preto barbudo que num desses natais distantes lá na rua talco cortava as toras de madeira em pedaços iguais para colocá-las nos fogões a lenha.
Minha mãe hoje esta com Alzheimer já em estado avançado e praticamente não se lembra de quase nada apenas alguns lampejos rápidos de fatos do passado distante.
Fico pensando..., damos muito pouco valor aos conhecimentos adquiridos na infância, fatos que só os idosos podem nos passar.
No meu caso me sinto meio perdido pois a única pessoa que poderia me passar tantos acontecimentos de minha infância hoje se encontra quase que completamente impossibilitada.
É como se fosse dono de um cofre forte e num belo dia perdesse a única chave que poderia abrir esse cofre e me trazer lembranças únicas.
O grande desafio é conviver com a ausência.
Na maioria das vezes nós Seres Humanos somos assim, só quando estamos na iminência de perdermos algo muito importante que avaliamos o real valor da existência.
João
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