Juana de Asbaje
Entendemos que o "Religare" com o Divino passa inexoravelmente pelo
AMOR.
Porisso todos os Seres, que de alguma forma, trouxeram e trazem esse entendimento
merecem nossa homenagem.
Ao homenagearmos Joana de Ângelis estamos homenageando também nosso ilustre medium brasileiro,
Divaldo Pereira Franco, bahiano de Feira de Santana, reconhecido mundialmente.
Joana foi :
Joana de Cusa - uma das mulheres que acompanhavam Jesus no momento da crucificação.
Santa Clara de Assis ( 1194-1253 ), que viveu no século XIII, seguidora de São Francisco de Assis ( Kut Hu Mi ) e fundadora da Ordem das Clarissas.
Juana Inés de La Cruz ( 1651-1695 ), pseudônimo religioso da poetisa mexicana Juana de Asbaje, que viveu durante o século XVII.
Joanna Angélica de Jesus ( 1761-1822 ), abadessa que viveu no início do século XIX e protagonizou o doloroso drama da Independência da Bahia.
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Coloco aqui 3 trechos de seus escritos através de Divaldo P. Franco :
Aceitar as Pessoas.
Aceita as pessoas, conforme estas se te apresentam.
Este homem prepotente que te desagrada, está enfermo, e talvez não o saiba.
Esse companheiro recalcitrante é infeliz em si mesmo.
Aquele conhecido exigente sofre dos nervos.
Uns, que parecem orgulhosos, são apenas portadores de conflitos que procuram ocultar.
Outros, que se apresentam indiferentes, experimentam medos terríveis.
A Terra é um grande hospital de almas.
Quem te veja, apenas, superficialmente, não te verá, como analisaste, com acerto.
Concede a liberdade para que cada um seja conforme é e não como pretendes que sejam.
Joanna de Ângelis/Divaldo P. Franco.
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No interior do diamante bruto, escuro e informe, fulgura uma estrela que aguarda ser arrancada a golpes de cinzel e lâminas lapidadoras.
Não há ninguém que não possua bondade interior.
Há, nos refolhos da alma, a presença de Deus como luz coagulada, aguardando os estímulos de fora, a fim de brilhar com alta potência.
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.... É urgente, portanto, a necessidade de conduzir os sentimentos, de modo a equilibrar os fatos em relação com eles.
Uma atitude sensata é um abrir de janelas na alma, a fim de bem observar os sucessos da vilegiatura humana.
De acordo com a dimensão e o tipo de abertura, será possível observar a vida e vivê-la de forma agradável, mesmo nos momentos mais difíceis.
Há quem abra janelas na alma para deixar que se externem as impressões negativas, facultando o uso de lentes escuras, que a tudo sombreiam com o toque pessimista de censura e de reclamação.
Coloca, nas tuas janelas, o amor, a bondade, a compaixão, a ternura, a fim de acompanhares o mundo e o seu séquito de ocorrências.
O amor te facultará ampliar o círculo de afetividade, abençoando os teus amigos com a cortesia, os estímulos encorajadores e a tranqüilidade.
A bondade irrigará de esperança os corações ressequidos pelos sofrimentos e as emoções despedaçadas pela aflição que se te acerquem.
O perdão constituirá a tua força revigoradora colocada a benefício do delinqüente, do mau, do alucinado, que te busquem.
A ternura espraiará o perfume reconfortante da tua afabilidade, levantando os caídos e segurando os trôpegos, de modo a impedir-lhes a queda, quando próximos de ti.
As janelas da alma são espaços felizes para que se espraie a luz, e se realize a comunhão com o bem.
Colocando os santos óleos da afabilidade nas engrenagens da tua alma, descerrarás as janelas fechadas dos teus sentimentos, e a tua abençoada emoção se alongará, afagando todos aqueles que se aproximem de ti, proporcionando-lhes a amizade pura que se converterá em amor, rico de bondade e de perdão, a proclamarem que é chegada a hora de ternura entre os homens da Terra.
Divaldo P. Franco
Da obra: Momentos de Felicidade. Ditada por Joanna de Ângelis. Salvador, BA, 1990.
Obrigado
João Aguilar.