Pouco antes da transição de meu pai, que aconteceu em 1989, eu me lembro de ouvir um comentário de uma famosa bailarina do Rio de Janeiro que perdeu seu marido, tragado pelo mar.
Num dia de ressaca muito grande, essa pessoa foi assistir tudo isso, uma onda, daquelas mais violentas, simplesmente levou-o para o oceano, nunca mais se teve noticias dessa pessoa.
Posteriormente ela comentava :
“o mais dificil não é a perda, o mais dificil é conviver com a ausência”
Me lembro que, na época, refleti muito sobre essa frase, e vi que realmente ela tinha razão.
...
Começar a entender e praticar os desapegos.
Pode ser essa uma das mais dificeis tarefas que tenhamos de aprender em nossa evolução.
Nem falo de coisas materiais.
...
Entender que nada nos pertence.
Ahh perdão...,
algo nos pertence sim,
tudo aquilo de bom ou ruim que foi moldado em outras vidas nos nossos corpos sutís e agora com nosso cadinho atual temos de reconstruir novamente.
Mas...
Já passou pela sua cabeça, ao menos por um instante, deixar de conviver ou usufruir algo muito importante para você ?
De repente, num belo dia, você não tem mais o que tanto valorizara, o que tanto amara.
Uma amizade, um relacionamento ou alguém que conviveu com você por toda uma vida, um pai, uma mãe ou até mesmo ...um filho.
É dificil entender que nada nos pertence, não é mesmo ?
...
Peço-lhes apenas que reflitam :
Você está preparado para conviver com ausências ?
Com meus respeitos, torço por vocês.
...
...
Breve passarei todo nosso calendário de atividades até o final do ano.
Que Kwan Yin lhes abençoe.
Obrigado
João Aguilar.
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