sábado, 12 de dezembro de 2009

Sobre o Urânio - Primeira parte

Como já lhes disse adotando o critério de variações nos fins de semana ...



Primeira parte dessa estória






26 de abril de 1986 –

Aniversário do maior acidente nuclear, digamos “pacífico”, da História.

A explosão do reator 4 da usina nuclear de Chernobyl, na Ucrânia.



Nesses 23 anos corridos, quais os principais resultados desse acidente ?


-Alguns milhares de seres humanos mortos nos 2 primeiros anos ( em tôrno de 30 mil ).


-Um vasta área em tôrno da cidade permanecerá inútil por centenas de anos.


-Atualmente mais de 3 milhões de pessoas tem problemas graves com a saúde.


-A ONU calcula que 6 milhões de pessoas ainda vivem nas áreas contaminadas.


-Autoridades ucranianas chegaram a conclusão que é alto o risco de vazamento no “cemitério” de concreto

onde se encontram o reator e as toneladas do combustível radioativo.


...


Uma pequena história






Os átomos tem núcleos, semelhantes ao sol, que seria o núcleo de nosso sistema solar.


No núcleo atômico ficam basicamente os prótons e neutrons.






Temos na natureza, digamos, 2 tipos principais de átomos de Urânio, chamados isótopos do Urânio.


São :


O Urânio 238 (U238) com 99,3% de ocorrência na crosta terrestre e o Urânio 235 (U235) com 0,7%.


Que significam os números 238 e 235 ?


A massa de todos os átomos está localizada em seu núcleo, portanto ela é a soma dos prótons e neutrons de cada átomo.


No U238 existem 92 prótons e 146 neutrons. (92+146 = 238).


No U235 existem 92 prótons e 143 neutrons. (92+143 = 235).


O isótopo U235 é muito importante porque, sob determinadas condições, ele pode ser quebrado

(fissão nuclear)

dando origem a átomos de massas menores e produzindo uma enorme quantidade de energia !

...a tal energia atômica...


O Urânio recebeu a honra de se relacionar com o têrmo “energia nuclear”

apenas porque foi o primeiro a ser pesquisado,

hoje, podemos dizer que, já existe uma “Família” de átomos que fazem o mesmo serviço,

muitas vezes, até melhor.


...

 
A Usina Nuclear –


Uma das utilizações principais dessa “Família” é o seu emprêgo na geração de energia elétrica.


A usina nuclear (ou termonuclear) difere da térmica convencional basicamente quanto à fonte de calor;

enquanto em uma térmica convencional queima-se óleo, carvão ou gás na caldeira,

em uma usina nuclear usa-se o potencial energético de “alguém da Família”

para aquecer a água que circula no interior do reator e resulta na movimentação

das turbinas que geram a energia elétrica.


Com absoluta certeza, não é nada fácil controlar as fissões nucleares que ocorrem dentro desses reatores,

qualquer deslize,

mínimo que seja,

imagine e... multiplique, multiplique bastante.

 
 
Obrigado
João Aguilar.

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