Jamyang Khyentse, grande lama do Tibet

Quero hoje deixar uma homenagem a um dos lamas tibetanos de maior renome do século XX.

Figura exponencial nos ensinamentos do budismo tibetano.

Jamyang Khyentse Chökyi Lodrö

Coloco aqui a mensagem que esse grandioso lama deixou para um de seus discípulos, Sogyal Rinpoche, descrita em seu livro :

- O livro tibetano do viver e do morrer.

Eu considero um livro transformador, creio que não existe uma única página nele onde não podemos tirar alguma lição.

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...Embora nossa verdadeira natureza seja búdica, ela foi obscurecida desde um tempo sem início por uma nuvem escura de ignorância e confusão.

Essa verdadeira natureza, no entanto, nunca se rendeu completamente à tirania da ignorância, em algum lugar ela está sempre se rebelando contra a sua dominação.

Nossa natureza búdica tem então um aspecto ativo que é nosso “mestre interior”.

Desde o exato momento em que a obscuridade nos envolveu, esse mestre trabalha sem descanso por nós, tentando trazer-nos para a radiância e a amplidão do nosso verdadeiro ser.

Nem por um segundo, disse Jamyang, o mestre interior nos abandona ou desiste de nós.

Em sua infinita compaixão, que é uma com a infinita compaixão de todos os Budas e todos os seres iluminados, trabalha sem cessar por nossa evolução-não só nesta vida, mas em nossas vidas passadas também-usando todos os tipos de meios hábeis e todos os tipos de situações para nos ensinar e despertar, guiando-nos de volta à verdade...

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Jamyang Khyentse Chökyi Lodrö

Nasceu no ano da Serpente de Água do décimo quinto Rabjung (1893) em Rekhe Ajam, próximo do Monastério de Kathok.

Seu pai era um lama tântrico chamado Gyurme Tsewang Gyatso e sua mãe Tsültrim Tso do Vale de Ser, em Amdo.

Algumas narrativas de quando seus poderes se manifestaram.

Certa vez, Jamyang abençoou uma nova imagem e sua superfície ficou quente ao toque.

Quando abençoou a imagem de Mahakala do templo de Dzang Mahakala, ela se mexeu como se estivesse viva.

Por ocasião de uma iniciação de Vaishravana, uma chuva de ouro em pó caiu do alto.

Aos sessenta e seis anos, Jamyang Khyentse Chökyi Lodrö viajou para a Índia passando por Lhasa, e conseguiu sobreviver às conturbações políticas que abalavam o Tibete.

Fez então uma peregrinação por todos os lugares sagrados do budismo na Índia e Nepal, fixou sua principal residência na Capela do Palácio do Rei do Sikkim, onde continuou a dar incontáveis ensinamentos e transmissões a seguidores das mais diversas procedências.

No sexto dia do quinto mês do ano do Porco da Terra do 16º Rabjung (1959), Jamyang Khyentse Chökyi Lodrö passou pela transição.

Muitos presenciaram que, no momento de sua transição, aconteceram sons e sinais de luz.

Alguns vídeos, depoimentos dos discípulos desse mestre de luz :

http://www.youtube.com/watch?v=zr0u-HYDDxs

http://www.youtube.com/watch?v=eIr4VGgFQpc

Obrigado

João Aguilar.