quarta-feira, 30 de novembro de 2011

Restou muito pouco...




Muitas vezes o teor de devastação da bomba de Hiroshima(*), muitas vezes a erupção da Martinica.

No começo, aquilo que podemos chamar de “fuligem” era um pó vulcânico que continha sílica.

Mortal para qualquer pulmão.

No pulmão úmido simplesmente se transformava em cimento.

Esta fuligem caiu pelo menos durante uns 3 meses.

Ninguém poderia imaginar a proporção do que estava por vir, a grande maioria do povo era gente simples que vivia da pesca e agricultura e não tinha conhecimento profundo sobre quase nada.

Numa tarde, se é que podemos chamar de tarde já que nuvens negras cobriam toda extensão do horizonte a dias, começou a acontecer o pior.

O principal vulcão que já cuspia nuvens de gás constantemente, explodiu.

Um deslocamento de ar e um barulho ensurdecedor que com certeza atravessou o oceano.

Um vulcão daquele tamanho quando explode lança pedras muito incandescentes que podem ser do tamanho de uma bola de futebol ou do tamanho de um carro pequeno, verdadeiros mísseis mortais que voam pelo espaço atingindo distâncias maiores que 18 quilômetros.

Tudo aquilo caiu por todos os lados.

Em seguida as pedras, vieram o que hoje chamamos fluxos piroclásticos, nuvens de  cinzas, pedras e gases muito quentes que juntando com a água do oceano elevam a temperatura acima de 150 graus, tudo aquilo viajava numa velocidade bem superior a 100 km por hora, nesses momentos aconteceram o maior número das mortes, um cataclisma totalmente devastador.

Bem, a natureza preparava ainda algo incrível para os que sobreviveram até aqueles momentos.

A água das praias começou a recuar, como se alguma coisa sugasse essa água para o meio do oceano.

O resto da história vocês podem bem imaginar, um primeiro tsunami gigantesco se formou.

 Observar uma onda gigantesca silenciosa se aproximando é ao mesmo tempo fascinante e assustador, ver a aproximação de algo grandioso que realmente nunca tinha sido visto por aquelas vidas que ali estavam marcou aqueles momentos finais para todos.

Muitas ondas gigantes se seguiram continuamente ocupando tudo.

Depois de todo aquele fenômeno natural pequenas nesgas de terra ainda permaneceram sobre o oceano.

...

(*) Quando coloco a relação com a bomba de Hiroshima é claro que não falo em radioatividade, pois se falasse, teria de dizer que esse planeta até hoje nunca conheceu algo tão devastador como a energia atômica.

Silenciosa e extremamente mortal.

Obrigado
João Aguilar.

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