domingo, 12 de agosto de 2012

Pai, sinônimo de reflexão.



Amigos,

Nesse dia dos Pais emocionante pela qualidade de ser pai e pelas emoções renovadas de ter sido filho, eu quero deixar em nosso blog a mensagem de Artur da Távola que recebi de minha amiga Aline.

Também quero deixar um vídeo que minha sobrinha Ludmila postou para os amigos no Facebook que nos faz refletir sobre o sentido e a grandeza de ser um pai de verdade.
Excelente.

Obrigado por essa oportunidade de poder nessa vida exercer os 2 lados, primeiro como filho, que recebeu milhares de bons exemplos e segundo pela alegria incontida de tornar-me pai de 2 filhos que só sabem me ensinar. 

Tenho um monte de motivos para viver a felicidade.

...

Parabéns aos papais amigos que frequentam nosso blog !

...

SER PAI
(Artur da Távola)

Ser pai 
é acima de tudo, não esperar recompensas. 
Mas ficar feliz caso e quando cheguem. 
É saber fazer o necessário por cima e por dentro da incompreensão. 
É aprender a tolerância com os demais e exercitar a dura intolerância
(mas compreensão) com os próprios erros.

Ser pai 
é aprender errando, a hora de falar e de calar. 
É contentar-se em ser reserva, coadjuvante,
 deixado para depois. Mas jamais falar no momento impreciso. 
É ter a coragem de ir adiante, tanto para a vida quanto para a morte.
É viver as fraquezas que depois corrigirá no filho, fazendo-se forte em
nome dele e de tudo o que terá de viver para compreender e enfrentar.

Ser pai 
é aprender a ser contestado mesmo quando no auge da lucidez. É esperar. 
É saber que experiência só adianta para quem a tem, e só se tem vivendo. 
Portanto, é agüentar a dor de ver os filhos passarem 
pelos sofrimentos necessários, 
buscando protegê-los sem que percebam,
para que consigam descobrir os próprios caminhos.

Ser pai
é saber e calar. Fazer e guardar. Dizer e não insistir. 
Falar e dizer. Dosar e controlar-se. Dirigir sem demonstrar. 
É ver dor, sofrimento, vício, queda e tocaia, jamais transferindo aos filhos o que, a alma, lhe corrói. Ser pai é ser bom sem ser fraco. É jamais transferir aos filhos  a quota de sua imperfeição, o seu lado fraco, desvalido e órfão.

Ser pai
é aprender a ser ultrapassado, mesmo lutando para se renovar. 
É compreender sem  demonstrar, e esperar o tempo de colher, 
ainda que não seja em vida.

Ser pai é aprender a sufocar a necessidade de afago e compreensão. 
Mas ir às lágrimas quando chegam.

Ser pai
é saber ir-se apagando à medida em que mais nítido 
se faz na personalidade do filho,
sempre como influência, jamais como imposição. 
É saber ser herói na infância, exemplo na juventude
e amizade na idade adulta do filho.
É saber brincar e zangar-se. É formar sem modelar, ajudar sem cobrar, 
ensinar sem o demonstrar, sofrer sem contagiar, amar sem receber.

Ser pai
é saber receber raiva, incompreensão, antagonismo, atraso mental,inveja,  projeção de  sentimentos negativos, ódios passageiros, revolta, desilusão  e a tudo responder com capacidade de prosseguir sem ofender; 
de insistir sem mediação, certeza, porto, balanço, arrimo, ponte, 
mão que abre a gaiola, amor que não prende, fundamento, enigma, pacificação.

Ser pai
é atingir o máximo de angústia no máximo de silêncio. 
O máximo de convivência no máximo de solidão. 
É, enfim, colher a vitória exatamente quando percebe que o filho 
a quem ajudou a crescer já, dele, não necessita para viver. 
É quem se anula na obra que realizou e sorri, sereno, 
por tudo haver feito para deixar de ser importante.
 
Parabéns!

...


The impact o a father.

Obrigado
João Aguilar.


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