domingo, 12 de julho de 2009

Um desejo, uma viagem

Há alguns dias viajávamos pelas verdejantes terras centrais de Poseidônis.

Traziamos unicamente a roupa do corpo, bebiamos da água dos riachos que eram abundantes por toda aquela região.

Nossos alimentos eram frutas da ocasião e tubérculos especialmente um deles que se assemelhava muito com a mandioca de nossos dias. Triturávamos esses tubérculos misturados com um pouco dágua numa especie de cuia utilizando pedras para fazê-lo.


Nosso destino era um só, aproximarmos do grande monte R. e ali colocarmo-nos a prova para merecermos nossa primeira Iniciação.


Anteriormente já lhes falei que as grandes Iniciações da Atlântida aconteciam no cume dos montes, aos olhos de Inkal.

Para mim tudo era novidade, no clamor de minha juventude o meu desejo era servir num dos templos. Longe de mim ser um sacerdote, queria mesmo ser um servidor, um trabalhador cuidando das tarefas mais comuns, tudo isso porque queria estar próximo, bem próximo daqueles que eram os Senhores da instrumentação de cura, olhando e aprendendo, minha atração pelas ciência do corpo humano era desde menino, meu pai plantara esses desejos em minha mente ao vê-lo sempre cuidando dos poucos animais que tinhamos.

Era comum aos domingos logo pela manhã as pessoas daquilo que poderia chamar de vilarejo comparecerem à praça central onde à vista de todos um dos sacerdotes designados para aquele dia realizar um cura em alguém. Esses encontros eram bem comuns nas cidades do império.

Aqueles fatos que vira em minha infância despertaram minha curiosidade e desejo de um dia me tornar um servidor daqueles sacerdotes.

Mal podia eu imaginar o que um dia iria experienciar com os conhecimentos adquiridos junto a meu amo ArkDhel.

Em nada fiquei devendo ao “Aprendiz de Feiticeiro” de Mussorgsky.

O grande monte R. erguia-se imponente bem a nossa frente, do seu cume como num bolo de glacê branco a neve escorria por encostas, creio que deveria ter em tôrno de 2.700 metros, mais tarde soube pelo meu amo que teria feito parte de uma longa cadeia de montanhas e vulcões da 2ª Atlântida que foi destruida a 200.000 mil anos atrás.

Uma de suas encostas era muito íngreme com abismos nada animadores, entretanto do outro lado sua subida para pessoas bem dotadas fisicamente erá mais fácil.

Importante observar aqui que, existiam alguns platôs em sua subida. Os platôs eram usados como lugares de descanso e, lugares de meditação e orações para preparação da futura Iniciação. Eram locais que trabalhávamos os muitos aspectos de nossa consciência interior na busca da perfeição. Era costume passar pelo menos um dia e uma noite em cada platô revisando nossas qualidades e imperfeições para continuarmos a subida. Toda a orientação desses trabalhos era feita pelos chamados sacerdotes cuidadores.

Bem amigos qualquer dia, sem data marcada, continuamos essa história.

João Aguilar

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